(#12 Meses de Poe) Julho - O Escaravelho de Ouro

Oi galerinha, hoje tem mais Poe aqui no Poyo, e o conto sugerido pela Ana foi para esse mês foi O Escaravelho de Ouro, que é um dos contos da linha policial de Edgar Allan Poe, mesmo sendo uma aventura exploratória e não uma história com detetives em si.
Ah! Uma curiosidade bem legal é que Poe é considerado o Pai do Romance Policial, então preciso agradecer muito o Grande Mestre, porque grande parte de meus livros favoritos são policiais.

Então vamos conhecer um pouco mais d'O Escaravelho de Ouro?

Dessa vez nosso narrador sem nome, está visitando um amigo que vive em uma ilha com um criado, chegando em sua choupana encontrou-a vazia, mas logo seu amigo William Legrand chega, e ele está em uma de seus ‘acessos de entusiasmo’ por ter descoberto um Escaravelho dourado, ele gostaria muito de mostrar o inseto ao nosso narrador, mas não se encontrava com ele no momento, Legrand tenta desenhar o escaravelho e isso gera uma pequena discussão entre os amigos.

Alguns meses mais tarde Júpiter, o criado de Legrand, vai até a casa do narrador dizendo que seu ‘sinhô’, anda muito estranho, de certo que ele foi ‘picado’ pelo escaravelho, Júpiter entrega uma carta de Legrand chamando o narrador para sua cabana.

“Havia algo no tom desse bilhete que me causou grande incomodo. Todo o seu estilo diferia completamente do de Legrand. Com que poderia estar ele sonhando? Que nova excentricidade dominava seu cérebro excitável? Que "negócio da mais alta importância" podia ele, possivelmente, ter a realizar? O que Júpiter me dissera dele não afiançava nada de bom. Eu temia que a contínua pressão da má sorte, afinal, tivesse inteiramente desarranjado a razão de meu amigo. Sem um momento de hesitação, por conseguinte, preparei-me para acompanhar o negro.”

Entrando no barco para seguir até a ilha, o narrador se depara com ferramentas como foices e pás, e na cabana Legrand diz que o escaravelho será a fonte de sua fortuna, lhe devolvendo todo o ouro que sua família já teve, é lógico que nosso narrador fica extremamente preocupado com a sanidade do amigo, mas aceita sair com ele em uma empreitada a procura do tesouro que Will achava que o escaravelho lhe mostraria.

Será que eles vão encontrar o que procuram? Será que esse tesouro é maldito? E a pergunta que não quer calar, como Will descobriu o paradeiro desse tesouro? Vai ai o enigma para vocês tentarem descobrir.

Dani: Esse deve ter sido meu primeiro Poe, estava na quinta série quando li, e na época já estava viciada em palavras cruzadas, criptografia, entre outros desafios  "Coquetel", isso sem falar que eu adorava tentar desvendar os mistérios dos livros que lia antes do desfecho dele, e é lógico que tentei decifrar o mistério desse aqui também, não consegui por causa de detalhes importantes, afinal na minha época, aprender inglês antes da quinta série, não era assim tão fácil $$ como hoje, mas mesmo assim gostei demais.

Acho essa faceta aventureira de Poe muito gostosa, ele é bem detalhista com as descrições ambientais, só que deu um jeito que não fica cansativo, isso faz com que visualizemos os locais de uma forma quase imersiva, quase acredito que estou lá também, e isso não mudou de uma leitura feita em 94 para uma feita em 2016, para vocês ter uma noção de tão gostosa que foi essa leitura para mim.

Carol: A cada mês descubro mais facetas desse gênio, não sabia que ele que era o "Pai do Romance Policial" então me surpreendi, que a trama gira mais em torno de tentarem achar o tesouro e explicar como fizeram isso, do que da loucura e do desejo que o dinheiro traz, apesar de deixar claro que Legrand ficou de fato estranho e obcecado pelo escaravelho. A leitura desse conto também foi bem menos rebuscada.

Leio em muitos comentários pessoas falando que não gostam de terror e por isso não leem Poe, mas esse conto e muitos outros não são de terror, Poe é eclético e surpreende!

Continuem acompanhando o Desafio!!

Facebook: Página | Grupo | Blog da Ana


Imagem de capa - The gold bug Edgar Poe by jackodeco