(12mesesdePoe) Setembro - O caixão Quadrangular

Olá Galera, finalzinho de mês e Mestre Poe vem nos contar mais uma de suas fascinantes histórias, que este mês ´O Caixão Quadrangular, vamos lá?

O Caixão Quadrangular

"Oh! muita bagagem, decerto - disse então para mim mesmo. - Algo que ele não deseja pôr no porão, algo que deve ficar sob suas vistas...Ah, achei! Uma pintura ou coisa semelhante.. . Deve se isso o que ele andou trocando com o Nicolino, um judeu italiano. Essa idéia me satisfez e pus de parte minha curiosidade por essa vez.conhecia muito bem as duas irmãs de Wyatt, e que moças amáveis e inteligentes eram elas! Ele havia-se casado recentemente, de modo que eu nunca vira sua mulher. Muitas vezes me falara a respeito dela, porém no seu habitual estilo entusiasmado. Descrevia-a como de uma beleza surpreendente, muito inteligente e prendada. Sentia-me, por isso, grandemente ansioso por conhecê-la.

O jovem narrador nos conta sobre uma viagem que fez até Nova York, ele estava animado com os passageiros inclusive, encontrando um amigo, o jovem artista Cornélio Wyatt. Antes da viagem, nosso narrador foi resolver assuntos quanto a seu camarote ele descobre que seu amigo artista tinha três camarotes as sua disposição: um para si e sua mulher, um para duas irmãs, e ou excedente. Isso chamou a atenção de nosso narrador, pois cada camarote tinha dois beliches!

Não bastasse esse detalhe peculiar, temos também o mistério da mulher de Cornélio, porque ele não apresentou a mulher ao amigo? Mais tarde, depois que o  navio zarpou, nós ficamos sabendo mais pormenores dessa família, onde todos parecem agir de forma muito estranha.

Mas o mais estranho mesmo é aquele caixão quadrangular, o que sera que está guardado dentro dele? Seria uma quadro? Uma falsificação? E porque um caixa tão grande foi guardado no camarote do casal e não no camarote excedente?

Dani: Nesse conto temos todo um mistério ao redor da família Wyatt, o Marido se mostra calado, tendo crises histéricas repentinamente, as irmãs, antes alegres, agora se encontram caladas e sisudas, e a Esposa agindo de forma completamente fora dos padrões, flertando com os rapazes na frente do marido, o que será que aconteceu com essa família? Mas o que mais chama a atenção no conto é a curiosidade do narrador com o tal caixão.

A história foi meio um hibrido, teve um pouco de clima investigativo, um pouco de romantismo sombrio, de 'narrativa náutica' (Poe parecia ter um gosto pelas coisas do mar, e ele trata desses assuntos em outros contos)

Mas, infelizmente, esse conto  não conseguiu suprir minhas expectativas, achei que tinha coisas demais acontecendo, era uma família excêntrica, um caixão misterioso, uma viagem de barco não muito tranquila, acho que tinha história para muito mais páginas, e acabou tendo um desenvolvimento meio atropelado.

Carol: Gostei bastante desse conto, me fez lembrar das minhas leituras de Agatha e Doyle. A história é bem levinha, até tem um pouco de suspense e apreensão em algumas partes, mas no geral a visão curiosa do nosso locutor traz até um pouco de humor.


Ficou curioso para ler?
No blog da autora do Desafio, tem todos os contos para download, todos são bem curtinhos.
O ano já está quase acabando não deixe essa oportunidade passar e se livrar de todos os preconceitos (se tiver) desse grande autor!
Para quem quiser acompanhar o desafio é só acompanhar os links
Facebook: Página | Grupo | Blog da Ana