(Maravilhoso Mundo King) Cujo, o Cão Raivoso

Cujo, o Cão Raivoso
Stephen King
Drama, Terror

Sinopse: Um enorme cão São Bernardo, era um bom cachorro e não teve culpa de ter sido mordido por um morcego contaminado com raiva. E menos ainda que o mal só tivesse sido percebido quando não havia mais remédio. O que se seguiu foi inevitável, um sucessão de mortes pavorosas e como acontecimento-chave os momentos de horror passados por uma mãe e seu filho de quatro anos presos dentro de um pequeno carro durante dois dias escaldantes e noites, enquanto do lado de fora um cão danado os vigiava!

Olá hoje teremos mais uma resenha de um dos clássico do Mestre King, lembro, quando era criança, que esse filme mexia com meus nervos, acho que com os nervos de muitas outras pessoas, já que a Raiva se tornou até mesmo causa de apocalipse zumbi,  e quem nunca ouviu alguma lenda urbana do Cão Raivoso.

Tad Trenton, de quatro anos de idade, acordou pouco depois da meia-noite, em maio deste ano, porque precisava ir ao banheiro. Saltou da cama, ainda tonto de sono, e encaminhou-se para a porta entreaberta que deixava escapar um feixe de luz e, já no caminho, ia abaixando as calças do pijama. Urinou bastante, puxou a descarga e voltou para a cama, onde puxou as cobertas. E foi ai que viu a criatura no seu closet.

O livro começa com Vic, um publicitário, indo acudir seu pequeno filho Tad em seus terrores noturnos, mas essa não é a maior preocupação de Vic, sua empresa corre o risco de perder seu único cliente importante, sua mulher, Donna, detestou ter mudado de NY para o Maine, e de ter que ficar sozinha enquanto o marido viaja constantemente o que só ajudou Donna a se aventurar sexualmente com um desconhecido. No meio de tudo isso um pequeno problema no carro pode ser o pior problema que essa família pode ter.

Paralelo à família Trenton, temos Cujo, um simpático São Bernardo, que também vive com uma família problemática em uma oficina mecânica, mas para ele estava tudo bem, tinha comida e podia correr por aí, e um dia correndo atras de um coelho, a tragédia acontece, Cujo é mordido por um morcego contaminado pela Raiva.

Quando essas duas histórias se cruzam, é que o bicho pega (com o perdão do trocadilho)

Mais uma vez King pecou por escrever demais, o livro acabou ficando dividido claramente em duas partes, o começo bem enrolado, e, porque não, chato, contando a vida de Vic e seus problemas, acho que a intenção era criar empatia, mas não funcionou para mim, acabei ficando com a impressão que Vic era um bundão (desculpe o palavreado XD) e Donna uma fútil e relapsa. Já na outra família (núcleo Cujo) a história era mais interessante: temos uma mãe vítima de violência e seu filho cada vez mais influenciado pelo comportamento bronco do pai, que com jeito consegue colocar um plano de fuga em andamento.

Na Segunda parte temos a verdadeira ação com Donna e Tad presos em um carro em pleno verão, quase sem água ou comida por uns dias sendo atacados por um cão ensandecido que quer claramente mata-los. É aqui que o livro fica muito bom, te prendendo, com coisas acontecendo a todo momento, e é onde Donna brilha, mostrando toda a sua carga psicológica, tendo que lidar com seu filho pequeno, seus próprios medos, e mexer com esse psicológico que me faz gostar tanto de King, outra coisa que eu gosto nessa parte é poder ver relances da visão e dos pensamentos do Cujo, e seria bem legal se tivesse mais disso no livro.

Indico o livro para todos que gostam de explorar o psicológico de pessoas colocadas em condições extremas, porque nesse quesito King arrasa. 

PS: Hoje é dia do aniversário do Rei King, e eu desejo muitos anos de vida, porque sou egoísta e quero muito mais livros ainda XD.

A Carol, aproveitou para homenagear o mestre, com essa linda ilustração, onde vemos Cujo, Pennywise, Christine.

Parabéns Steve o//