(Crônicas Vampirescas) A História do Ladrão de Corpos

Título: A História do Ladrão de Corpos
Autor: Anne Rice
Gênero: Drama, Sobrenatural
Editora: Rocco
Especial: As Crônicas Vampiresca
Sinopse:
Através dos séculos, Lestat foi cortejado como príncipe no reino das trevas onde vagueiam os mortos; agora, porém, ele está diante de uma situação inusitada que pode mudar o rumo de sua existência completamente. Um desconhecido que o persegue em vários lugares do mundo – Veneza, Hong Kong, Miami, Londres e Paris – propõe a troca de seu corpo com o do vampiro. É a oportunidade de Lestat sentir as sensações de um mortal. É a chance de Raglan James experimentar os poderes de um imortal. Esta é uma história contemporânea, passada no final dos anos 80, inclusive no Rio de Janeiro. Depois de alcançar o sucesso durante sua curta carreira de cantor de rock, Lestat se enfronha no candomblé e no espiritismo, pelas mãos de David Talbot, um amigo mortal que recusa sua oferta de Sangue Negro. Torturado por seu amor, suas dúvidas e sua solidão secular, Lestat sonha ser humano outra vez. Ver o sol, beber e comer como qualquer outra pessoa. Mas uma coisa o perturba. E se o estranho não lhe devolver mais o corpo?

Olá amados prontos para mais um livro da série mais sexy que a Dani consegue ler? Então Vamos lá!

A sinopse já faz um belo resumo do que encontraremos neste quarto livro da Série Crônicas Vampirescas, neste livros temos Lestat, essa eterna alma inconformada, narrando a história, ele anda meio triste, especialmente por causa dos sonhos que anda tendo com Cláudia, a vampira criança de Entrevista com o Vampiro, e também por causa da solidão em que se encontra, até que ele encontra James Raglan, um ladrão, ou um trickster por assim dizer, que lhe oferece uma mudança de corpos por uma semana, Lestat fica encantado com a possibilidade de poder se sentir vivo novamente, nem que seja por pouco tempo. Todos falam para que Lestat NÃO faça isso, mas imprudente que só ele, Lestat segue em frente, vivendo assim uma aventura que pode trazer consequências, para ele e para os outros. 

Infelizmente esse livro não me agradou tanto quanto os outros, ele tem partes muito interessantes como várias das passagens de David Talbot, como a de seu passado no Rio e como descobriu a 'magia' através do Candomblé (para que faz parte do Candomblé é bom dizer que aqui é mais mistico e tem a ver com os espíritos como vemos no Rainha dos Condenados, e ficar coerente com o mundo criado pela autora, é bom fazer essa observação por que as sensibilidades andam meio sensíveis, e me parece que as pessoas perderam a noção de separar o real do ficcional), as conversas com Cláudia também foram muito interessantes e ela acabou ganhando um charme, Louis também ganhou um novo brilho visto pelo olhar de Lestat, sua humanidade é tão grande que chega a doer, mas ele ganhou um instinto de auto-preservação que me agradou muito, quero ver mais dele. O vilão também é interessante, mas foi mal aproveitado fazendo com que a trama principal ficasse bem frustrante para mim. 

Ao contrário dos outros livros que tem uma parte de conversa seguida de outras com muita ação, esse livro é focado na conversa, temos um ou outro momento, muito breves (pena que não posso contar), algumas dessas conversas são bem interessantes, com já disse, tanto para entendermos algumas coisas do universo criado por Anne Rice, como para refletirmos mesmo, aqui temos uma discussão sobre espiritualidade, sobre Fé ou Acreditar, sobre ser Bom, fazer o Bem, sobre o Amor, mas chega uma hora que tanta conversa irrita.

Tirando a falta de ação e esses de conversa, teve outras coisas que me irritam:

1- o excesso de chororô, gente, como o Lestat chora, quanto mimimi, senti vontade de lascar um tapa e gritar VÊ SE CRESCE CRIATURA!!!!

2- uma das coisas que mais me irrita são 'histórias que não era para ser' sei que é um artificio de escrita, mas é raríssimo que esse tipo de história me cative. Gente vê se pode uma coisa dessa: você é o Vampiro mais fodástico do planeta (depois de acontecimentos de livros anteriores) vou trocar de corpo com esse malandro aqui, ele parece super confiável...    

3 - Gosto do artificio da antecipação para criar expectativa (ex: fazer uma pessoa que sobreviveu a um acidente, contar como ele conseguiu a proeza) mas no caso aqui só contribui para que minha experiência ficasse comprometida.

Parece que eu odiei o livro né? Na verdade ele é cheio de altos e baixos, e dependendo do seu estado de ânimo as partes que menos gosto parece se sobressair,  talvez se eu estivesse mais alegre elencaria aqui só as melhores partes.

Indico o livro para todos que estejam acompanhando a série, para quem gosta de histórias mais lentas com doses de romantismo, e reflexões sobre o que realmente queremos de nossas vidas. Mas se minha resenha te deixou com medo, pode pular esse livro, os livros da série são independentes e são poucas as coisas que irão fazer realmente diferença.

No próximo vamos conhecer Memnoch.

Quer saber mais, leia as resenhas anteriores:

1 Entrevista com o Vampiro;

2 Vampiro Lestat;

3 A Rainha dos Condenados.