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segunda-feira, junho 5

(Resenha) #35 A Bibliotecária de Auschwitz

Título: A Bibliotecária de Auschwitz
Autor: Antonio G Iturbe
Gênero: Drama, Drama de Guerra
Desafio #35 livro que te faça chorar

As histórias que falam sobre o Holocausto sempre tem um grau elevado de provocar emoção, até eu que dificilmente me envolvo dessa forma com livros (é difícil que eu chore ou de risada enquanto leio, agora se fosse minha irmã aqui, acho que ela nem conseguiria ler de tanto chorar) acabei chorando com uma morte, o que foi bem difícil.
Fredy Hirsch observava Dita em silêncio, contente diante daquele olhar absorto e da boca aberta enquanto ela folheava o atlas. Qualquer dúvida que ele ainda tivesse sobre a responsabilidade que depositara na menina tcheca se dissipou naquele instante. Hirsch soube que Edita cuidaria com esmero da biblioteca. A menina tinha o vínculo que une algumas pessoas aos livros. Uma cumplicidade que ele próprio não possuía, por ser ativo demais para se deixar fisgar por linhas e linhas impressas em páginas. Fredy preferia a ação, o exercício, as canções, o discurso... Mas se deu conta de que Dita tinha essa empatia que faz com que certas pessoas transformem um punhado de folhas num mundo inteiro só para elas.
A Bibliotecária de Auschwitz conta a história de Dita Adlerova e do campo familiar Bllb de Auschwitz/Birkenau, Dita foi pega pelos nazista em Praga quando tinha 9 anos, foi levada para para uma pequena cidade, que servia de gueto, e depois para o temido Campo de Auschwitz, lá ela, sua família e vários outros transferidos desse mesmo gueto, são levados para o Campo Familiar Bllb, onde no Bloco 31 funciona de maneira clandestina uma escola, onde Dita cuida de preciosos 8 livros.

Papai tinha razão. Aquele livro me levou muito mais longe que qualquer par de sapatos

Mesmo com o foco principal em Dita, sua vida, memórias e leituras (adorava essa parte quando ela se lembrava dos livros que havia ou estava lendo), também temos capítulos com foco em outras pessoas como membros da resistência, o soldado SS que se apaixona por uma prisioneira, entre outros, e todos os personagens são tão mágicos, o Professor Maluco era meu preferido, o Professor Ota, o Pai da Dita, até mesmo Mengele, no papel de Bicho Papão (alias ele tinha até trilha sonora para suas aparições, sempre assoviando alguma ópera, vou deixar o link para uma aqui todos na minha visão pareciam personagens de uma fabula cruel para ensinar as crianças que o mal existe, e que você deve seguir seus princípios porque tudo passa, mesmo deixando marcas pelo caminho. Eu sei que é uma visão estranha, mas o encanto que o livro me passou me fez ver que as pessoas muitas vezes abandonam seus princípios, é tudo tão triste, mas vários momentos de felicidade podem se ver aqui e ali, só por fazer o bem, mas em meio a tanta degradação nem todos conseguem ver.

Um dos momento mais fofos (se é que posso falar isso) do livro foi quando as crianças cantaram Alouette (uma canção de roda Francesa) no dia Sêder de Pessach (uma festa judaica que lembra o Êxodo), é tão interessante ver as crianças nesse ambiente e notar que elas são o que são, não perdem seu caráter por estar em um local tão restritivo e sub-humano, diferente dos adultos que por um sabonete fazem coisas dignas de seus piores algoses, enquanto ficam pagando de bonzinhos para os que participam de seus grupos de amizade.
Os soldados britânicos esperavam ser recebidos por uma multidão alegre e eufórica. Esperavam risos e aplausos. O que não esperavam era encontrar uma recepção de queixumes, de suspiros e estertores, de gente que chora com uma mistura de alegria por ter se salvado e de profunda pena por maridos, filhos, irmãos, tios, primos, amigos, vizinhos... tantos e tantos que não conseguiram.
Alguns soldados mostram compaixão no rosto; outros, incredulidade; e muitos, nojo. Nunca pensaram que um campo de internação de judeus pudesse ser esse lamaçal de corpos onde não se distinguem vivos e mortos, uns em cima dos outros sobre o barro. Os vivos estão ainda mais esqueléticos do que os mortos. Os ingleses pensavam que libertariam um campo de prisioneiros, mas o que encontraram foi um cemitério.
Achei incrível o trabalho de pesquisa do autor, e no final do livro ele conta como conheceu sua Bibliotecária e como ela estava hoje depois de tanto tempo e como é uma mulher incrível, acho que todos deveria ler essa história, faz parte da História do mundo, e como essa História costuma ser cíclica, não podemos deixar que algo assim aconteça de novo.

Termino dizendo:
 Ler é uma Alegria

14 comentários:

  1. Oii, tudo bem?
    Tenho bastante vontade de ler esse livro, gosto muitos de histórias ambientadas na segunda guerra e depois da sua resenha, acho que é uma boa pedida. A história de Dita parece ser bem triste, mas foi a realidade de milhares de pessoas na época, infelizmente.
    Fiquei curiosa em relação à essa morte, espero que a personagem não morra, mas fico pensando que talvez seja inevitável.
    Dica anotada.
    Beijos.

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  2. Concordo contigo: é necessário conhecer este momento trágico da História para evitar que se repita, ainda mais em uma época tão insegura e instável como estamos vivendo. Este livro eu ainda não li, mas já li outros dentro deste tema e sempre termino inundada por uma tristeza tão grande de como seres que se dizem humanos foram capazes disso. Guardarei a indicação, porque seu texto destacou tudo o que posso aprender com este livro. Abraços!

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  3. oie!
    Confesso que não penso em ler o livro, por saber que vou sofrer demais com a história.
    Ainda mais quando sei que uma parte da história é real, esse período realmente existiu. Como sei que vou sofrer, vou deixar para outro momento.
    Bjks!
    Histórias sem Fim

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  4. Esse é um dos livros que está na minha lista desde o lançamento.
    E vc é uma das poucas que leu e escreveu uma resenha, pois não vi muitas por ai.
    Vc só confirmou o que eu já sabia, que eu ia sofrer, mas ao mesmo tempo amar conhecer essa história...

    Raíssa Nantes

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  5. Olá linda,

    Livros com conteúdo e principalmente, esses com foco no Nazismo e na Segunda Guerra Mundial, já ganham espaço na minha vida, porque são cruéis e doces ao mesmo tempo, porque mostram a crueldade, mas também apresentam relações que se formaram a partir dos horrores vividos.

    Beijos!

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  6. Olá! Nossa, eu gosto de livros que se passam nessa época, mas nunca li nada que se passasse dentro de um campo de concentração. Na verdade, fujo um pouco deles, por achar triste demais. Mas, fiquei interessada demais nesse livro, sua resenha explanou bem o enredo, vai entrar na lista. Beijos!

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  7. Eu fico bem na dúvida se devo ou não ler esse livro, normalmente são bem intensos.
    Porém ao ler sua resenha fiquei com vontade de ler o livro, quem sabe em algum dia desse eu leia.

    Bjs
    Suka
    http://www.suka-p.blogspot.com.br

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  8. Credo, me dá até arrepios de ouvir falar desse Mengele e da característica dos assovios... Estou lendo um livro agora que fala das experiências dele com gêmeos e não consigo suportar mais que algumas páginas de cada vez. Fiquei com vontade de ler esse também, mas vou ter que me recuperar primeiro.

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  9. Olá, esse é um livro que quero ler. Em meio às situações tão difíceis enfrentadas pelos personagens, se esforçar para cuidar de livros mostra o quanto eles podem fazer por nós. Tenho curiosidade de saber mais sobre a história.

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  10. Olá
    Tudo que envolva a época do Nazismo , holocausto entre outros mexe muito comigo. O menino do pijama listrado acabou com toda a minha estrutura fiquei mexida com a estória e muito tocada depois assisti o Pianista e fiquei com mais ressaca ainda. Quero ler esse livro, mas não estou com um emocional muito bom, e como sou manteiga derretida sei que vou chorar atoa. Já li ótimas críticas sobre esse livro. Parabéns pela resenha. Beijos!

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  11. Olá,

    Sempre tenho na minha cabeça a imagem de que histórias que se passam no holocausto serão emocionantes e um pouco tristes. Por isso, já passei inúmeras vezes por esse livro e não parei para ler nem mesmo a sinopse. No entanto, gostei de conhecer um pouco mais da história do livro, e tenho quase certeza que chorarei com esse livro (sou muito chorona quando se trata de livros ou séries haha). Livros com crianças e ainda mais em situações tão atípicas me intrigam muito.

    Beijos,
    entreoculoselivros.blogspot.com.br

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  12. Oi!
    Livros que se passam nesse período histórico quase sempre são muito emocionantes, pra mim é impossível não chorar ao ler um. Já conhecia esse livro e sua resenha aumentou a minha vontade de o ler pois trouxe pontos novos que me deixaram bastante curiosa.
    Beijos!

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  13. Oie, tudo bem?! Esse livro foi um dos presentes que ganhei que mais amei na vida. História simplesmente emocionante.
    Bjs

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  14. Oi, tudo bem?
    Eu não leria o livro pelo simples fato de não ler histórias sobre o holocausto, esse livro me faria chorar.
    Importante o autor ter feito um bom trabalho de pesquisa, o tema precisa ser em retratado.
    Bjs

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