Ao Pequeno Sam Perkins de H.P. Lovecraft

Olá pessoal!

Essa postagem é especial por dois motivos, o primeiro é que dia 17 de fevereiro é o dia do gato! E como deu para perceber nós aqui do blog adoramos essas criaturinhas de pelos, o outro motivo é que em fevereiro tem o Lovecraftuary, e como estamos participando do #300diasdeLovecraft, um desafio de leitura com os contos do autor (dá uma passada no nosso instagram pra conferir as mini-resenhas de cada conto o/)

Aí juntamos os dois, porque o Lovecraft adorava gatos, e eles eram presenças marcantes em vários contos, como em Os Gatos de Ulthar e A Busca onírica por Kadath.

Esse poema foi escrito logo depois que seu gato, Sam Perkins, foi encontrado morto em um arbusto, ele tinha apenas 3 meses, mas causou um profundo pesar.

Ao Pequeno Sam Perkins

H.P. Lovecraft

No jardim noturno
Uma profunda pena vai caindo
Como se o peso do silêncio e da sombra
No ar voassem.

Com uma oculta dor se inclina à erva
Incapaz de esquecer o dia de ontem
Em que leves patinhas a tocavam
E já são só lembranças.




Encontrei esse artigo muito interessante para vocês perceberem, se não ficou ainda muito claro, toda a sua paixão pelos felinos. Uma curiosidade é que as criaturas mais famosas dos seus contos de horror, são meio peixes (Cthulhu e Dagon) aos quais ele tinha pavor!

Trecho do artigo Gatos e Cães, escrito por H.P. Lovecraft e traduzido por Vinícius M.R de Carvalho e Victor Galdino, publicado no site Mundo Tentacular.

"Entre cães e gatos meu grau de preferência é tão grande que nunca me ocorreria compará-los. Não possuo nenhuma antipatia especial contra os cães, como não possuo contra macacos, seres humanos, comerciantes, vacas, ovelhas ou pterodáctilos; mas pelo gato sempre cultivei um respeito e afeto particulares desde os meus primeiros dias de infância . Em sua elegância impecável e superior auto-suficiência vi um símbolo da beleza perfeita e da impessoalidade do próprio universo considerado objetivamente, e em seu ar de silencioso mistério reside para mim toda a maravilha e o fascínio do desconhecido. O cão apela à emoções simplistas e inferiores; o gato, às fontes mais profundas da imaginação e da percepção cósmica da mente humana. Não é coincidência que os contemplativos egípcios, além de espíritos poéticos como Poe, Gautier, Baudelaire e Swinburne , eram todos adoradores do ágil felino."

E a ilustração é da Carol aqui do blog!.

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