(Contos) A Vitória-Régia

Olá pessoal.

Hoje aqui no Poyo teremos um post bem diferente do que costumamos fazer, vamos contar um conto, sim sim, um conto, não uma resenha ou dicas.

Hoje vou trazer para você um dos contos que mais gostamos das lendas indígenas, se você já conhece, não custa nada lembrar, se ainda não, que tal depois de ler este procurar mais histórias do nosso povo, mesmo as que sofreram sincretismo, ainda continuam muito interessantes e mostra um pouco das histórias que nosso povo tão misturado contava, essa é nossa cultura.



Mas antes do conto gostaria de falar que, nós gostamos muito do halloween, especialmente da festa divertida que os americanos fazem, mas também dos mitos pagãos que deram origem a festa, sei que aqui no Brasil algum político populista inventou o dia do Saci, no mesmo dia da festa estrangeira, ele só esqueceu que o saci foi completamente descaracterizado por influências estrangeiras (sabia que ele tinha duas pernas no original? Pois é), falei tudo isso porque não precisamos de um dia do Saci, temos dia 22 de Agosto, que é o Dia do Folclore, mas comemoramos e divulgamos o folclore durante todo o mês, nós sempre nos incomodamos com a falta de valorização das lendas e mitos do nosso folclore, que só é lembrado no ensino fundamental, pelo menos na nossa época de escola.

Vitória - Régia 

Os pajés Tupi-guaranis contavam que, no inicio do mundo, Jaci (a Lua) de quando em quando descia a Terra para buscar uma bela virgem e transforma-la em estrela para brilhar junto a ele no céu, ouvindo a história, uma bela guerreira índia, princesa de seu povo, chamada Naiá se apaixona por Jaci, e quis virar uma estrela para brilhar a seu lado.

Durante dias, bravos guerreiros cortejavam Naiá, que recusava todos os pedidos de casamento. Ela só ficava esperando a noite, quando saia para admirar Jaci, querendo se transformar em estrela ela subia as colinas e perseguia Jaci, na esperança de ser notada, e quando já de manhãzinha Naiá corria contra o Sol em direção a Lua, corria e corria até cair de exaustão no meio da mata. E assim fazia todas as noites, durante muito tempo, mas Jaci parecia não notá-la, até que Naiá adoece, dava para ouvir seus sussurros de tristeza ao longe. Mesmo doente a pobre índia continuava a busca por seu amado Jaci.

Em uma dessas buscas Naiá desfaleceu as margens de um igarapé, e quando acordou se deparou com Jaci, ali bem pertinho dela, Naiá em sua inocência pensou que a Lua estava se banhando ali tão próximo a suas mãos, se joga nas águas profundas na esperança de toca-la, e nunca mais foi vista.

E assim Jaci finalmente olha para a trágica índia, e sendo tocado pelo sacrifício de Naiá, Jaci decide transforma-la não em uma estrela dos céus, mas uma "Estrela das Águas" refletindo o luar, e assim foi transformada na Vitória Régia, que nas noites de lua cheia dança entre as estrelas e a lua pelos lagos.

Até hoje Naiá, a Vitória Régia abre sua bela flor branca toda noite de lua cheia para dançar com Jaci.

Adaptei o conto desses dois sites Fantastipédia e  Folclore Brasileiro Ilustrado, que tal dar uma explorada nos sites para conhecer um pouco mais de contos tradicionais, e para terminar vou deixar uma dica de festa muito legal que é O Festival do Folclore de Olímpia que esse ano vai homenagear o estado do Espirito Santo.

Então pessoal, qual a sua lenda brasileira preferida, que tal rele-la esse mês.