Mary Shelley
Drama, Horror, ficção cientifica, clássico
Desafio #20 Livro com mais de 100 anos
Eu trabalhara dois anos para infundir vida a um corpo inanimado. Para tanto sacrificara o repouso e expusera a saúde. Eis que, terminada minha escultura viva, esvaía-se a beleza que eu sonhara, e eu tinha diante dos olhos um ser que me enchia de terror e repulsa.Demorei a ler esse livro pelo mesmo motivo que demorei a ler Conan, um filme ruim que nada tem a ver com o original.
Na verdade nunca cheguei a assistir o filme de 1931, onde a aparência do Monstro se tornou popular junto com o famoso "ESTÁ VIVO!!!".
Mary Shelley escreveu um romance com forte influencia do 2° movimento romancista também conhecido como o Mal-do-século, aliás ela e seu marido eram amigos de Lord Bayron, uns dos escritores mais famoso desse movimento.
Se gostar de acompanhar contextos históricos, no livro tem uma introdução escrita pela autora, onde ela conta como teve a ideia pra escrever a história, incrível com já se passaram praticamente 200 anos do lançamento!
Para quem não conhece a história, Frankenstein não é o monstro e sim seu criador Victor Frankenstein, a criatura na verdade não tem nome. Apesar que sendo ela uma cria de Victor nada mais justo que assumir seu sobrenome. O romance é epistolar, ou seja, conta a história através de cartas escritas pelo Capitão Walton para sua irmã, ele está em uma expedição ousada rumo ao polo norte, e sempre que pode manda notícias suas a ela. Quando já não consegue mais prosseguir pelo mar congelado, Walton e seus tripulantes avistam um enorme homem em um trenó avançando norte a dentro e algum tempo depois encontram um senhor, Victor, quase morto. Depois de ser acolhido e cuidado no navio, Victor descobre que Walton nutre desejos de conquistas que lembram seus próprios desejos quando era jovem, então decide contar ao capitão sua triste história e quem sabe também elucidar os sonhos de Walton.
A partir daí as cartas são escritas sobre os relatos de Victor, onde ele conta toda sua vida, suas predileções pelas ciências naturais, sua ida a faculdade e seu empenho em descobrir os mistérios da criação e sua obsessão em criar uma criatura perfeita. Quando em fim dá vida ao ser, só há repulsa e asco.
Creia-me, Frankenstein, eu era bondoso. Trazia amor e humanidade dentro da alma, antes que viesse a ficar só, miseravelmente só, como agora. Se você, que é meu criador, me renega, que posso esperar de seus semelhantes, que nada me devem? Deles só tenho recebido o escárnio e a repulsa.
Depois de te-lo abandonado o monstro fica só, e é obrigado a aprender a se virar. Logo aprende que tem que evitar as pessoas, já que elas ou fogem ou o agridem. Sua história é muito tocante, pra mim a parte mais emocionante do livro. E como tenho raiva do Victor!
Lembre-se de que é meu criador. Quanto a mim, em vez de um novo Adão, sou o anjo decaído que você priva do direito à alegria, sem que me caiba culpa. De todas as benesses de que tenho conhecimento, eu sou sempre irrevogavelmente excluído. No entanto, eu era bom e compreensivo. Foi a desgraça que me converteu em demônio. Devolva-me a felicidade e voltarei a ser virtuoso.
Mary Shelley descreve muitas passagens, apesar de parecer desnecessárias, acho que esses detalhes ajudam muito o leitor a se afeiçoar (ou não) ao personagem, e sua narrativa não é enfadonha, logo a leitura é bem fluida. É meio estranho pensar que Walton conseguiu lembrar de tantos detalhes na hora de escrever as cartas, mais isso é explicado no livro.
Logo no começo falei sobre o filme de 1931, mas existem muitas adaptações para o cinema e também para histórias em quadrinhos, a que eu mais gosto e é referencia pra mim é um quadrinho que já falei bastante dele por aqui, estrito por Sergio A. Sierra e desenhado por Meritxell Ribas.
Acho muito bacana quando alguns livros falam sobre outros, então separei aqui uma indicação que inspirou a autora, Paraíso Perdido de John Milton. E aproveito para deixar a primeira parte de um vídeo sobre uma analise incrível sobre o livro!
Indico para todos que gostam dos clássicos da literatura de horror e pra quem gosta de drama e filosofia, com certeza você vai se encantar por esse triste drama.
Logo no começo falei sobre o filme de 1931, mas existem muitas adaptações para o cinema e também para histórias em quadrinhos, a que eu mais gosto e é referencia pra mim é um quadrinho que já falei bastante dele por aqui, estrito por Sergio A. Sierra e desenhado por Meritxell Ribas.
Acho muito bacana quando alguns livros falam sobre outros, então separei aqui uma indicação que inspirou a autora, Paraíso Perdido de John Milton. E aproveito para deixar a primeira parte de um vídeo sobre uma analise incrível sobre o livro!
Indico para todos que gostam dos clássicos da literatura de horror e pra quem gosta de drama e filosofia, com certeza você vai se encantar por esse triste drama.
Olá.
ResponderExcluirNunca li um livro do gênero acredita? Mas quero ver se ano que vem eu consiga ler algo e mude um pouco minhas leituras.
Gostei da sua resenha, fiquei bem curiosa, vou anotar o livro aqui e se tudo der certo ano que vem eu leio. Adorei esse desafio, espero que também ano que vem eu consiga participar de algum hahahha
Olá, ótima resenha. Esse é um livro que quero muito ler, mas tô esperando a Darkside lançar a edição nova, mas, se não me engano, tão demorando bastante. É um clássico que continua conquistando leitores através dos tempos.
ResponderExcluirOi
ResponderExcluirTudo bom?
Ótima resenha!
Tenho muita curiosidade de ler esse livro, adorei ler uma resenha dele, ainda não tinha lido nenhuma!
Apesar de não me identificar com os géneros ainda pretendo ler. Sem duvida um clássico como esse merece ser lido...
Bjos
Every Little Book
Olá! Eu amo esse romance! É impressionante ver as semelhanças, já que são da mesma escola, de Byron e Mary com toda essa atmosfera pesada, eu acho fascinante! É um clássico lindo! Parabéns pela resenha, beijos!
ResponderExcluirEntre Livros e Pergaminhos
Olá,
ResponderExcluirGosto muito de obras do gênero e desse personagem em especial.Gostei muito da ambientação da obra e do enredo que parece ser impactante. Espero um dia poder embarcar nessa história.
Abraços
Cá Entre Nós
Oiee
ResponderExcluirEu também tenho muita raiva do Victor!!
Assisti recentemente uma das adaptações, das antigas.
Dos quadrinhos ainda não li nenhum mas vou olhar esse que você falou.
Adorei sua resenha!
Bjs
Fernanda
http://pacoteliterario.blogspot.com.br/
Oie!!
ResponderExcluirEu já comentei, se não me engano nesse mesmo blog, que literatura do terro é meio tabu pessoal meu que um dia planejo consertar, não sei quando... mas eu tenho amigas que gostam e eu já pensei em dar esse livro de presente para elas, faltou confirmar se não tinham e acabei comprando outra coisa. Gostei da sua resenha, até eu que conheço pouco (eu fico evitando até os filmes de terror) entendi o dilema do livro. Abraços
Hello! Tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que nunca gostei mto da historia de Frankenstein.
Nem desenho, nem filmes que ja foram feitos.
Nao conhecia o livro e foi legal uma resenha dele, saber a opiniao de outras pessoas sempre é bom.
Ainda sim nao leria infelizmente.
Beijos.
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Oi. Tenho vontade de ler esse livro, sempre fiquei curiosa em relação a ele, mas até agora não tive oportunidade para isso. Ainda quero ler, só não sei qundo será. Tomara que em breve!
ResponderExcluirBeijos
Olá!
ResponderExcluirtenho vontade de ler esse livro, ele é uma quebra de paradigmas. Li uma vez que Mary e o marido fizeram um desafio: quem escrevesse o melhor livro; Só que Mary estava em desvantagem, por ser mulher naquela época, ninguém dava muita importância pra mulheres escritoras. E ela é famosa até hoje! Adorei a resenha!
Oie!
ResponderExcluirEu conheço a história clássica, mas até então ainda não o li. Cheguei a assistir uma adaptação, mas não posso dizer que é fiel ao livro. É uma trama ótima, que envolve totalmente. Espero gostar do livro.
Bjks!
Histórias sem Fim
Eu li esse livro há muitos anos, e lembro-me de ter gostado muito. Não é à toa que, embora já tenham se passado 200 anos do lançamento, a obra continua agradando e fazendo sucesso. Há várias adaptações cinematográficas, a maioria eu já assisti, mas ainda falta essa última. Paraíso Perdido, de Milton, está na minha lista há algum tempo. Gostei muito da sua resenha!
ResponderExcluirTatiana
Este livro está na minha lista de leitura há algum tempo. Tenho vontade de começar a ler clássicos.
ResponderExcluirhttp://laoliphant.com.br/
Oi!!
ResponderExcluirEssa capa é linda demais. Eu já conheço o enredo da história, mas depois de ler a tua resenha fiquei doida para ter esse livro na minha estante e poder ler todos os detalhes dessa trama.
Beijão!
oie como vai?
ResponderExcluireu nunca li o livro inteiro, quando novinha iniciei mas parei, acho a história bem curiosa e quem sabe agora com o rory project vai pra frente a leitura.
Não sou de ler livros de terror, mas conheço a história do livro pelas referencias dele em outros e também no cinema - embora concorde que muitas vezes o cinema estraga mais do que qualquer coisa. Ler sua resenha me fez ficar com vontade de finalmente ler o livro. Ainda mais que está para começar uma série sobre a história do Victor - quer dizer, vai passar agora na TV a cabo então nem sei se é uma série tão nova assim, mas ver as propagandas me deixou mais do que curiosa - e sua resenha me deu a maior vontade de embarcar e conhecer realmente a história da Mary. Acho que vai valer a pena deixar o medo um pouquinho de lado e arriscar...
ResponderExcluirBeijinhos,
Lica
Amores e Livros