quinta-feira, junho 14

(HQ) Tekkonkinkreet

Título: Tekkon Kinkreet (Preto e Branco)
Autor: Taiyou Matsumoto
Gênero: Drama

Sinopse: Numa cidade de "ferro" e "concreto" (significado em japonês de Tekkon Kinkreet), vivem personagens também implacáveis e indomáveis.
Kuro (o preto) e Shiro (o branco) são órfãos. Para sobreviver, eles têm de roubar, lutar e se esconder em um mundo sombrio, solitário e corrupto, onde a própria cidade os afaga ou os despreza, como se fosse um ser vivo. O soberbo desenho de Matsumoto, rico em pequenos detalhes, traduz fielmente o ambiente desta história que pode se tornar angustiante, mas que ao mesmo tempo nos emociona e nos liberta.
Vencedor do Prêmio Eisner de “Melhor Edição Internacional – Japão” em 2008.
Tekkon Kinkreet foi adaptado para o cinema em um longa-metragem animado com direção de Michael Arias e produção do Studio 4º C/Sony. Em 2008, este foi escolhido como a “Animação do ano” pela Academia do Japão, além de vencer nas categorias de “Melhor História Original” e “Melhor Direção de Arte” na Tokyo International Anime Fair.
O mangá foi lançado originalmente no Brasil pela Conrad em 2001 com o título Preto e Branco (em 3 volumes). A edição da Devir traz a história completa, em um único e gigantesco volume de mais de 600 páginas, com acabamento primoroso em capa brochura e sobrecapa



A primeira vez que tive contato com essa obra foi através da animação, porque uma banda que gosto muito fez a música tema, e é uma das minhas músicas favoritas. Depois que assisti fiquei tremendamente encantada com qualidade dos cenários da animação desenhados pelo artista Shinji Kimura, a história também é muito visceral, e me marcou por muito tempo.

Com esse relançamento da editora Devir, enfim li a história que inspirou o filme, e uma das maiores diferenças entre o filme e o quadrinho é justamente nos cenários, que são muito mais surreais, o sol é desenhado com carinha, onde se olha tem cartazes e várias coisas escritas que nos dão pistas sobre os sentimentos de quadro, além vários easter eggs, tudo isso conversando com leitor e nos inserindo nesse mundo louco e marginal onde Kuro e Shiro tem que sobreviver.

Os dois garotos, que juntos são conhecidos como gatos, são os donos cidade, eles não ligam para a polícia, nem para os ratos da Yakuza, mas as coisas podem mudar com a chegada de um parque de diversão que serve de fachada para a lavem de dinheiro e também para aniquilar jovens delinquentes.

Kuro (preto em japonês) é o mais velho com 13 anos, ele é o arquétipo, da esperteza, do negativo, da dor e do ódio. Shiro (branco) com 11 anos, representa, a inocência, o sonho, a esperança e o amor. E assim como no Yin Yang os dois se complementam, um precisa do outro e separados quem dirá o que poderá acontecer?

A história é repleta de violência urbana com um clima melancólico crescente e bizarro, com vários núcleos de personagens muito bem desenvolvidos e repletos de nuances. Não é uma leitura que agradará a todos por ser violenta e relativamente complexa, mas vale a experiência, mesmo que seja através do filme. O diretor usou de inspiração o filme A Cidade de Deus para a direção!
página do mangá

cena da animação

Sobre a edição da Devir, achei ótimo terem compilado tudo em um único volume, apesar de parecer caro no final fica bem mais em conta do que comprar os três separados, eles tiveram também um bom trabalho para traduzir todas as inúmeras plaquinhas do cenário! Uma pena é não terem colocado as páginas coloridas e terem criado uma padronagem de capa igual para todos os mangás lançados sob o selo Tsuru, que acaba descaracterizando o original, além de, na minha opinião, terem outras ilustrações bem melhores que poderiam terem usado para capa.


Vou deixar aqui para vocês o Trailer e a música que falei lá começo para darem uma conferida o/


"Não queria mais nada e joguei tudo
Ficou tudo preto e caiu
Me senti sozinho e pintei tudo por cima
Fiquei com medo de tudo e cai na escuridão"
- Aru Manchi no Gunjou, Asian Kung-fu Generation

9 comentários:

  1. Vou te falar que PIREI na descrição, saindo para comprar o meu hoje!

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  2. Eu curto para caramba HQs, um estilo próprio, linguagem simples, ilustrações bem legais, inclusive li algumas, mas não conhecia essa. Gostei do enredo, achei interessante que tenham investido mais e feito uma animação. Parece uma ótima história. Vou procurar para assistir :) Valeu pela dica!

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  3. Super interessante essa HQ, me parece uma história intensa contada de uma forma inteligente e original. Tem muita qualidade artística, não à toa inspirou um filme.

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  4. Oi Carol, tudo bem?

    Não conhecia a HQ e nem a animação, mas já fiquei curiosa para conferir ambos depois de seu post. Gostei de tratar de dois personagens que são o Yin e o Yang, ainda mais em um pano de fundo com violência urbana, que retrata bem nossa realidade. Já quero!!!

    Beijos!

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  5. Já tinha visto uma resenha desse da animação, lembro muito bem que a pessoa havia gostado muito. Não sou muito fã de HQ prefiro a animação. Gostei muito da música e também do Triller, já esta anotado para que eu possa assistir nas minhas férias de julho.

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  6. Adoro HQ japonês e quando tem violência, melhor ainda... Abraço!

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  7. Interessante, mesmo que definitivamente não seja algo que me agrade. Acho meio complicado quando as obras se utilizam de violência, mas gostei da forma como você apresentou a obra.
    Beijos
    Mari
    Pequenos Retalhos

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  8. Oi Caroline!!
    Eu não sou fã de HQs, mas sempre que visito esse blog conheço várias histórias através das resenhas. Eu não sei se leria, mas fico feliz de conhecer coisas diferentes do meu hábito de leitura.
    Bjs
    https://almde50tons.wordpress.com/

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  9. Oiii Carol,
    Eu gosto muito de mangás, ainda não conhecia esse mas pela sua resenha, me deu muita vontade de conhecer.
    Obrigada pela dica! :)

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