(Baú da Dani) Lidos de Abril

Olá galera, com anda as leituras por aí?

Esse mês resolvi pegar firme em uma leitura que já enho fazendo, de forma bem tranquila entre outros livros, já faz uns quatro meses. Também teve muitos quadrinhos.

Então vamos lá saber que livro interminável foi esse?

Os Buddenbrook, Thomas Mann

Quando comecei a ler reparei que o livro seria a descrição do dia a dia de uma família de comerciantes dos fins de de 1800 durante sua decadência. O livro apresenta um belo cenário fascinante da burguesia, os casamentos, os negócios, os dilemas para manter os interesses e a continuidade dos negócios da família.

O livro é muito bom, com diálogos muito inteligentes, mas por ser um relato do dia a dia resolvi ir intercalando esse calhamaço entre outras leituras mais rápidas, só que eu já estava ficando incomodada com a demora em terminar e resolvi dar um gás para terminar.

Meu grande destaque no livro é a Antonine, ou Toni, gente que mulher, ela é tão inteligente, tão forte mas tem a vida completamente revirada por sua lealdade a família, e por causa dessa lealdade e por seu orgulho burguÊs, muitas vezes sua felicidade acabou sendo comprometida, torci tanto para ela se dar bem no final por sua dedicação e esforço, só que não vou contar para vocês se acontece ou não.

 O Mundo De Homero, Pierre Vidal-Naquet

Esse mês comecei a ler as epopeias gregas Ilíada e Odisseia, mas antes li esse livro curtinho do historiador francês Pierre Vidal-Naquet que faz um grande apanhado sobre a Grécia dos tempos de Homero.

Fala sobre diversos aspectos desse mundo antigo e os relaciona aos grandes épicos, então temos as questões do trabalho, das mulheres, sobre honra e astúcia, geografia.

Para mim, que sou completamente apaixonada por História da Antiguidade o livro tem passagens interessantíssimas, inclusive coisas que eu não sabia com pirataria ser considerado uma profissão naquela época.

É um livro que vale muito a pena para conhecer um pouco mais sobre História e sobre essas obras que moldaram toda literatura ocidental.

 

Dando continuidade a série 20th Century Boys de Naoki Urasawa

No 5 volume temos dois saltos temporais, o primeiro é de 1997 para as vésperas da virada do milênio, a data do "fim do mundo" quando um ser gigante causou um massacre, e aquela virada acabou ganhando a alcunha de Virada Sangrenta

Mais tarde temos um salto ainda maior, e passamos a acompanhar Kanna, a sobrinha de Kenji, e filha do "amigo", o que será que aconteceu com os heróis do quadrinho? Um eu já sei, os outros vou saber em breve.

E no final do volume 7 vamos começar a saber o que aconteceu naquela fatídica virada de ano.

A arte do Urusawa sensei, é maravilhosa e nunca vou deixar de dizer, então para não ficar repetitivo vou falar um pouquinho de cada aspecto dela a medida que leio os volumes, hoje vou falar dos personagens, comparado a outros manga-ka (desenhistas), o traço dele é bem simples, mas ao mesmo tempo, a variedade de rostos é tão grande que chega a ser complexa, isso sem falar nas expressões, tão vivas, que falam sem precisar de narrações muito menos serem espalhafatosa. A imagem ao lado mostra bem o que digo.

Batman e Os Homens Monstros

Continuo na minha sina de mergulhar nos quadrinhos do meu herói favorito. Nesse quadrinho, o Batman já está começando sua parceria com Gordon, que ainda não é comissário, em meio a guerra contra a máfia, Batman se depara com o corpo desmembrado de uma mulher, e tudo leva a crer que um ser humanoide monstruoso fez aquilo. Ao mesmo tempo, acompanhamos um cientista visionário, que pega dinheiro emprestado com os mafiosos para financiar suas pesquisas genéticas.

Estou gostando da arte dessas séries do Batman que estou lendo, a arte está muito agradável, não gostei muito dos rostos, mas fora isso a arte é limpa e não precisa de narrações para entender o que está acontecendo no quadro, aliás tem até uma página todinha sem nenhuma palavra, dos quadrinhos americanos que vi até agora, isso é raro, mas eu não sou uma expert, então não leve tão a sério minha experiência. As cores continuam muito bonitas e condizentes com o clima que se quer passar.

Batman e Os Monge Louco

Nesse quadrinho Batman se depara com assassinatos onde os corpos são encontrados totalmente sem sangue, estaria Gothan as voltas com um Vampiro? Isso o leva a encontrar membros de um estranho culto liderado por um homem de capuz vermelho. Além desses atos, acompanhamos o desenrolar de uma ponta solta aberta na série dos Homens Monstros, que pode respingar na vida da namorada de Bruce, que parece não perceber que manter um relacionamento é algo complexo.

Essa série mantem o mesmo padrão de arte e cores que vem me agradando muito, mas teve umas pequenas cenas que costuma me irritar bastante, como narrar o que já está sendo mostrado nas imagens, a história principal também ficou um pouco corrida, acho que teve coisas demais, se não me engando eram cinco núcleos dividindo os holofotes e isso fragmentou demais as informações, mas mesmo assim foi um bela experiencia.

Crise nas Infinitas Terras

Como decidimos fazer um mês um tanto temático nerd resolvi ler esse clássico das HQs de Supers.

A história mostra uma nova gênese do universo DC, que após adquirir outras editoras, além do Flash bagunçado o tempo decidiu por ordem na casa. Então conhecemos duas entidades que representam a matéria e a anti-matéria que estavam adormecidas até um cientista chamado Pária acidentalmente acorda a anti-matéria que começa a destruir tudo, a a entidade da matéria também acorda e ele começa a reunir todos os heróis e vilões para ajudar a vencer a grande entidade da anti-matéria, já que a matéria previu um destino trágico para si.

Aproveitei para ler alguns quadrinhos que citam a história principal também como Jovem Titãs e Lanterna Verde, confesso que foi uma leitura bem empolgante a pesar dos pesares. Teve sim algumas coisas desnecessárias, piadinhas toscas, diálogos bregas ou expositivos. Os traços são medianos, algumas vezes ficava bonito e claro, mas em outras se não fosse as cores dificilmente conseguiria distinguir um carro de uma pessoa, e falando em cores, ai as cores, anos 80 na veia com seus amarelos calcinha, azul bebê, rosa chiclete e lilases, chega arder os olhos. Mas, como eu disse, é uma leitura que empolga.

Li também Jogo Perigoso do King, mas como temos uma coluna só para os livros do Autor, então é só esperarem que sai resenha especial em breve.

E vocês? O que tem lido, fala aí nos comentários.