sexta-feira, maio 20

(Dicas) #18 Um Livro Marco de Nossa Língua Mãe


Olá galera, como vai as leituras?

Hoje dia de dicas aqui no Poyo, e hoje as dicas são de Livros que São Marcos da Nossa Língua Mãe, o Português, e aproveito para homenagear nossas mães por seu dia especial também.

Então, aprendemos desde a escola a ter um certo ódio da nossa literatura na escola, não vou entrar nessa questão de obrigatoriedade coisa e tal, mas na minha opinião isso atrapalha a criação de novos leitores porque muitas vezes a pessoa esta tendo seu primeiro contato com um livro logo com uma obra complexa e acabam se assustando. Não foi meu caso, graças, mas mesmo assim não me julgava/julgo madura o suficiente para ler aquelas obras naquele momento. Mas quem sabe agora? Uma hora preciso perder o medo e pegar novamente um grande clássico da literatura portuguesa para saber o que eu acho agora.


Mas vou falar a verdade para vocês, se não fosse esses desafios, talvez nunca revisitaria essas obras, agora vou deixar umas dicas para quem quiser se arriscar conosco. Vamos lá?
  

Auto da barca do inferno - Gil Vicente.
Não sei porque, mas desde que comecei a estudar literatura, sempre fui fascinada por esses Autos, acho que essa aura satírica, mas fato é que acho fascinante e essa pegada teatral só acrescenta.

Sinopse 
O "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, é uma sátira impiedosa da sociedade portuguesa do século XVI. Suas críticas não poupam ninguém - fidalgos, padres magistrados, mas também sapateiros e ladrões.
Cada personagem traz, nas roupas ou nas mãos, os símbolos de seus pecados e deles não podem se desfazer; não há defesa contra as acusações do Diabo ou do Anjo.



Os Maias - Eça de Queirós
Acredita que nunca li nada de Eça de Queirós, mas lembro de ter assistido vários episódios da série de tv, e sabe, eu gosto muito das séries da Globo, acho que se as produções da emissora tivessem a qualidade das séries, melhoraria muito, mas em fim aqui estamos falando de livros, então se a série foi muito boa, significa que o livro por trás tende a ser melhor ainda.

Sinopse
Obra máxima de Eça de Queirós e um marco da literatura portuguesa, Os Maias envolve o leitor na irresistível atmosfera da Lisboa de fins do século XIX.
Com apresentação, centenas de notas, cronologia e ilustrações inéditas em livro realizadas pelo arquiteto Wladimir Alves de Souza, no contexto do Clube do Eça, seleto grupo existente no Rio de Janeiro nos anos 1950.
Nessa saga familiar, os personagens vivem as aspirações, conflitos e paixões que refletem as forças transformadoras da sociedade em Portugal e no mundo então.
As intrigas e os acontecimentos que cercam o velho Afonso da Maia, seu neto Carlos Eduardo - que vive um amor impossível com Maria Eduarda -, João da Ega, o conde de Gouvarinho e outras figuras tornaram-se verdadeiros símbolos de uma nação que debatia seu próprio destino e fracassava em construí-lo.
A ironia, o sentimentalismo e a crítica mordaz são alguns dos componentes fundamentais da grandiosidade literária de Eça de Queirós, que se completa na criação de seus personagens e na construção novelística, na descrição comovente e dramática da vida e da sociedade de seu tempo.
Obra máxima de Eça de Queirós, marco da literatura portuguesa, Os Maias envolve o leitor na irresistível atmosfera da Lisboa de fins do século XIX. Tendo como protagonistas Afonso, Pedro e Carlos Eduardo da Maia, e apresentando outros personagens memoráveis, como João da Ega, Dâmaso Salcede, Maria Eduarda e o casal Gouvarinho, narra a trajetória de uma família, a história de um amor impossível e os rumos de um país. Eça dá vida a um refinado jogo social e compõe um panorama da cultura e dos problemas sociais e políticos do seu tempo, numa prosa limpa, cortante e inigualável.


Sermões - Padre Antônio Vieira
Também não li os escritos de Padre Antônio Vieira, mas tenho uma certa vontade de ler textos dos grandes nomes da religião, já li textos indus, e budistas, wicca, mas nunca li Santo Agostinho, ou São Tomás, mas Padre Antônio Vieira também escreve muitas críticas aos colonos portugueses e até mesmo aos vícios da própria igreja, deve ser bem interessante.

Sinopse 
Esta edição destaca cinco dos mais de duzentos sermões escritos pelo padre Antônio Vieira, principal representante português da prosa barroca do século XVII. Polêmico e mordaz, Antônio Vieira faz uso da retórica e do encadeamento lógico de ideias e conceitos para criticar o despotismo dos colonos portugueses, a presença protestante no Brasil e a conduta viciosa de muitos pregadores, entre outros temas de seu tempo.

Dom Casmurro - Machado de Assis
Gente, preciso confessar, eu abandonei esse livro quando precisei ler ele na escola, é U_U, mas porque estou indicando um livro que abandonei? Porque quer eu queira quer não o livro é um marco da literatura, e eu devia perder de verdade esse medo dos clássico e tentar ele outra vez.

Sinopse 
Machado de Assis (1839-1908), escrevendo Dom Casmurro, produziu um dos maiores livros da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de "olhos oblíquos e dissimulados", de "olhos de ressaca", Machado nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiúçam, o analisam sob todos os aspectos. Em vão. Embora o autor se tenha dado ao trabalho de distribuir pelo caminho todas as pistas para quem quisesse decifrar o enigma, ninguém ainda o desvendou. A alma de Capitu é, na verdade, um labirinto sem saída, um labirinto que Machado também já explorara em personagens como Virgília (Memórias Póstumas de Brás Cubas) e Sofia (Quincas Borba), personagens construídas a partir da ambiguidade psicológica, como Jorge Luis Borges gostaria de ter inventado.


Os Sertões - Euclides da Cunha
Esse livro é uma indicação de uma amiga que devorou esse livro com gosto, e outra coisa que acho interessante é que é um relato da Guerra de Canudos, um momento da nossa História que acho muito interessante, e nas aulas de História passou tão por cima.

Sinopse 
Considerada uma das obras-primas da literatura brasileira, descreve as batalhas entre os homens liderados por Antonio Conselheiro e o exército brasileiro, de acordo com a visão de Euclides da Cunha. Com seu apurado estilo jornalístico-épico, traça um retrato dos elementos que compõem a guerra de Canudos: a Terra, o Homem e a Guerra. Euclides da Cunha foi o único jornalista que atentou para a valentia dos jagunços.


Macunaíma - Mário de Andrade
Coloquei esse livro porque acho muito interessante o conceito de usar o imaginário popular ao escrever um livro,  e acho que falta um pouco disso nos nossos autores contemporâneos, usar mais nossa cultura para criar suas histórias.

Sinopse 
A personagem-título, um herói sem nenhum caráter (anti-herói), é um índio que representa o povo brasileiro, mostrando a atração pela cidade grande de São Paulo e pela máquina. A frase característica da personagem é "Ai, que preguiça!". Como na língua indígena o som "aique" significa "preguiça", Macunaíma seria duplamente preguiçoso. A parte inicial da obra assim o caracteriza: "No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite."
A obra é considerada um indianismo moderno e é escrita sob a ótica cômica. Critica o Romantismo, utiliza os mitos indígenas, as lendas, provérbios do povo brasileiro e registra alguns aspectos do folclore do país até então pouco conhecidos (rapsódia). O livro possui estrutura inovadora, não seguindo uma ordem cronológica (i.e. atemporal) e espacial. É uma obra surrealista, onde se encontram aspectos ilógicos, fantasiosos e lendas. Adota como protagonista uma personagem fantasiosa e complexa, na qual se misturam os mais diversos traços de nossa formação cultural. A confluência racial em Macunaíma se evidencia desde o primeiro capítulo e é o próprio Rei Nagô, figura africana quem avisa que o herói é muito inteligente. Com uma critica maior à linguagem culta já vista no Brasil.
Não deixe de ler esta grande obra onde realidade e fantasia se misturam formando uma composição única.


Então pessoal, sei que os clássicos são difíceis, e acredito que temos que ter uma certa maturidade para aprecia-los melhor, mas que tal tentar nesse mês das mães ler um marco da nossa língua mãe? Agora aos que tem mais o hábito de ler clássicos da língua portuguesa, tem algum livro para nos indicar? Comente conosco. 

14 comentários:

  1. Auto da barca do inferno é muito bom. Tenho uma edição super antiga.
    Dom Casmurro é o clássico dos clássicos.
    Ainda quero ler Grande Sertão: Veredas.
    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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  2. Ai os clássicos, eu tentei ler muitos deles no meu ensino médio mas sem sucesso e acho que não e para mim, mas admito muito quem lê e gosta, parabéns pelo post adorei. ^^

    Beijos

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  3. Eu gosto muito de clássicos mas percebo que muita gente não curte nem um pouco. Eu li e gostei muito de Dom Casmurro e sempre tive vontade de ter um exemplar, o que eu li foi na biblioteca da escolha há uns 15 anos.

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  4. Olá!

    Auto da barca do inferno é muito amor! Gosto bastante. Há tempos que não leio nenhum clássico nacional, mas eu sempre que posso recomendo Inocência, do Visconde de Taunay. É pouco falado/lido nas escolas, mas quando eu li, adorei.

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  5. Oiii!!

    Gente, que vergonha! Eu não li nenhum desses livros. Na escola me pediram outras obras. Ate hoje eu acho que precisamos abrir mais ainda nossa mente para poder entender e começar a gostar das obras.
    Adorei a postagem e acho que nunca é tarde para começar.

    Beijinhos

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  6. Oii, tudo bem?
    Realmente conheço a maioria dos livros que citaste acima, tenho um amor incondicional por Dom Casmurro, você não tem noção. Sempre vai ser um dos melhores livros que tenho.
    Beijinhos

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  7. Ola Dani lembro de ter livro Dom Casmurro na escola, mas acredito que preciso reler com uma visão mais focada, faz tempo que não leio um bom clássico ótima postagem. beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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  8. Oi!!
    Eu entrava em pânico quando mandavam algum livro na escola, geralmente eu não entendia patavinas, ficava sempre perdida e isso me causava um certo receio, pois acreditava não iria conseguir entender nenhum livro que pegasse.
    Eu lembro de ter lido Os Maias para prestar vestibular, mas vou confessar que faz um bom tempo já (isso foi em 1998) e não lembro quase nada, Dom Casmurro foi outro que li para o vestibular, esse eu até lembro algo (muuito chaato), li Macunaíma para um trabalho da escola e detesto corro longe dele ahaha.
    Desses que você citou eu tenho vontade de ler Os sertões.
    Beijão!

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  9. Oiee

    Eu adoro os clássicos! E estou até fazendo um desafio com uma amiga para ler e reler alguns.
    Desses, eu ainda não li Os Maias, mas está na lista.
    Dom Casmurro é o meu favorito!!!
    Adorei o post.

    bjs
    Fernanda
    http://pacoteliterario.blogspot.com.br/

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  10. Oi
    Tudo bom?
    Não li nenhum dos livros q vc falou, mas pretendo em breve. Tenho como meta esse ano ler mais clássicos!
    Espero conseguir...
    Adorei as dicas
    Bjos

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  11. Ah, eu conheço esses títulos ;3 nunca fui muito de ler os clássicos da literatura brasileira, mas sempre tem aquele que desperta do desejo de conhecer mais, não é? Principalmente aqueles que contém críticas sobre a antiga sociedade, e que podemos fazer certas comparações com a atual. Toda vez que leio algo sobre esses livros, lembro-me das aulas de português no colégio :3
    Beeijos e boas leituras!

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  12. Olá Dani!!!
    Li Dom Casmurro após conhecer a minissérie na Globo inspirada na obra e terminei com a mesma dúvida que terminei a minissérie O.O
    já ouvi falar de algumas outras obras que estão no meio, porém por se tratar daqueles livros que temos que ler para escola nunca consegui ter coragem de ler :(
    Gostei do desafio e desejo toda sorte do mundo pra vocês :)

    lereliterario.blogspot.com

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  13. Olá, dos livros citados no post eu só li 'Dom Casmurro' e comecei 'O auto da barca do inferno', mas não terminei. Por mais que eu não costume ler os clássicos, quero muito mudar isso e ler algo que não era obrigada para o vestibular.

    Abraços

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  14. Na escola onde eu estudava não tinha essa obrigatoriedade de ler os clássicos, tanto que li pouquíssimos nessa época. Agora eu tenho muita vontade de ler a maioria deles, e dos que você citou eu só li Don Casmurro, que é meu xodózinho ><

    Beijos, Gabi
    Reino da Loucura || Participe do top comentarista de maio

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