segunda-feira, junho 29

(Resenha) #01 Kafka à Beira-Mar

Título: Kafka à beira mar
Autor: Haruki Murakami
Gênero: Fantasia
Desafio #01 Livro com mais de 500 páginas

Li esse livro de uma tradução de Portugal, então demorei um bocado para entender por miúdos a narrativa, mas enquanto o diabo esfrega um olho cá estou eu à repetir os trejeitos lusitanos.

Kafka Tanura é o personagem principal, e narra sua aventura em primeira pessoa, ele, que é o garoto de 15 anos mais forte do mundo, segundo o garoto chamado Corvo, que não passa dele mesmo. Kafka é um personagem sem eira-nem-beira foge de casa, abandona a escola. Ele não tem planos, não tem sonhos, nem desejos, ou melhor, tem muito sonhos e desejos é praticamente um incubo.
Durante sua jornada sempre tenho a impressão que ele vai aprontar uma e se meter em maus lençóis. Seus capítulos são cheios de descrições e reflexões, e ele apesar de se virar bem, teve muita sorte do destino.

O outro personagem do livro é o simpático Senhor Nakata, quando era garoto e fazia um passeio de escola em Yamanashi, aconteceu algo de muito estranho e todas as crianças caíram no sono sem motivo aparente, horas depois uma a uma foi despertando, todas menos Nakata, que por tempos à fio permaneceu em coma. Quando acordou deu por si um invólucro vazio, não era capaz de se lembrar do seu passado, de ler e escrever, assim como não era mais capaz de aprender tais coisas novamente. Mas descobre-se com um capacidade conversar com gatos, mas isso até conhecer Johnny Walker.
Os capítulos que narram as aventuras desse senhorzinho são de longe as mais empolgantes.

Sobre as jornadas, ambos são de Tokyo e seguem rumo à Takamatsu em Shikoku. Esse misto de realidade faz acreditar que realmente existam alguns lugares citados, mas a história toda é rodeada de absurdos que somos obrigados a lembrar que é apenas uma ficção. Chuva de sardinhas, fantasmas ainda vivos e personagens com o nome de Johnny Walker, uma marca famosa de uísque, e Coronel Sanders,fundador da Kentucky Fried Chicken, entre outras brincadeiras do autor.
Ficamos esperando que os dois se encontrem em alguma parte do livro, mas no final ficam muitas coisas no ar, como em qualquer filme japonês.

Confesso que tinha uma expectativa diferente a cerca do autor, meu escritor japonês favorito ainda é o Yukio Mishima.


a jornada



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Beethoven - Arquiduque (Rubinstein, Heifetz, Feuermann)

2 comentários:

  1. Nossa quando vc fala em incubo e mar, me vei na meste uma passagem de Capitães de Areia do Jorge amado, nyaaa já estou amando o Nakata, queria poder falar com meus gatos também *-*

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    1. É como um incubo que ele se concretiza Édipo. Sim o senhor Nakata é o melhor, impossível não gostar dele!! :3

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