quinta-feira, dezembro 7

(Dicas) #45 Um livro banido


Oioi pessoal

Descobriram por aí um livro que tenha sido banido, então o Poyo vai te ajudar um pouco com um listinha de Dicas para vocês.

A quantidade de livros proibidos ou censurados é enorme e as mais diversas desculpas são dadas, desde religiosos, passando pelo conteúdo violento ao político, gente de hoje lendo e julgando a cultura de 100 anos atrás e decidindo que tal livro deve ser banido, e até autores que decidem que um livro seu deve ser banido por algum motivo pessoal, é só digitar no google que você encontra diversas outras listas de livros que foram banidos.



O mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov
A União Soviética foi bem prolífica nos banimentos e censuras de vários autores, este livro por si só já foi uma história, o livro que o autor realmente idealizou pode nunca ter sido publicado, pois ele foi queimado pelo próprio autor quando soube que foi censurado e retomado um ano depois.
Sinopse:
Espécie de Fausto russo, inspirado na obra de Goethe e na ópera homônima de Charles Gounod, O mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov, é considerado um dos grandes romances do século XX.
Situado na Moscou dos anos 1930, o livro narra as peripécias de satã na cidade acompanhado de um séquito infernal, composto por um gato falante e fanfarrão, um intérprete trapaceiro, uma bela bruxa e um capanga assustador. Seu caminho se cruzará com o dos amantes mestre e Margarida - ele um escritor mal compreendido, autor de um romance sobre Pôncio Pilatos, ela uma das personagens mais fortes da literatura russa, que, qual Orfeu, fará de tudo para reencontrar seu amado desaparecido.
Escrito entre 1928 e 1940, ano da morte do autor, mas só publicado no fim dos anos 1960, no Ocidente, e em 1973, na Rússia, o livro se tornou então sucesso imediato no mundo todo e inspirou centenas de adaptações para o teatro, cinema, televisão, animação, ópera, dança e música (inclusive a famosíssima canção "Simpathy for the Devil", dos Rolling Stones).
História de amor e desejo, sátira do mundo das letras e das pequenas e grandes vaidades humanas, além de crítica ferina mas bem-humorada ao regime soviético, o romance empresta recursos da linguagem teatral, musical e mesmo da linguagem cinematográfica, com cortes e saltos temporais e espaciais que imprimem à narrativa um ritmo vertiginoso, divertido e sempre surpreendente - tudo isso captado com maestria pela tradução de Irineu Franco Perpetuo, feita a partir da mais recente edição crítica russa.


Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca
Nossa ditadura também proibiu ou censurou vários autores como Jorge Amado por exemplo, aliás as Ditaduras adoram uma censura, afinal de contas ler abre os horizontes fazendo as pessoas se tornarem mais críticas e mostrar caminhos além daqueles que todo mundo segue.
Sinopse:
Considerado um dos principais livros de Rubem Fonseca, “Feliz Ano Novo” reúne contos repletos de violência com uma linguagem precisa e contundente que veio a se tornar a mais significativa marca autoral do escritor. Uma dura crítica social numa obra que há quase quatro décadas se mantém atual e relevante, mostrando o motivo pelo qual Rubem Fonseca se tornou um dos maiores gênios da literatura de nosso país.

A Revolução dos Bichos, de George Orwell
George Orwell foi um grande entusiasta do comunismo, chegou a lutar ao lado deles durante a Guerra Civil Espanhola, mas quando o regime soviético degringolou para o Autoritarismo ele ficou muito desapontado. Essa obra é uma crítica mordaz, batata, foi proibido em vários lugares e continua proibido em alguns até hoje.
Sinopse: 
Cansados da exploração a que são submetidos pelos humanos, os animais da Granja do Solar rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o objetivo de instituir um sistema cooperativo e igualitário, sob o slogan "Quatro pernas bom, duas pernas ruim".
Mas não demora muito para que alguns bichos - em mais particular os mais inteligentes, os porcos - voltem a usufruir de privilégios, reinstituindo aos poucos um regime de opressão, agora inspirado no lema "Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros". A história da insurreição libertária dos animais é reescrita de modo a justificar a nova tirania, e os dissidentes desaparecem ou são silenciados a força.
Instrumentalizada na época da Guerra Fria como arma anticomunista. A revolução dos bichos transcende os marcos históricos da ditadura stalinista que a inspirou e resplandece hoje,passados mais de sessenta anos de seu surgimento, como uma das mais extraordinárias fábulas sobre o poder que a literatura já produziu. Já tem resenha aqui no Blog.

Frankenstein, de Mary Shelley
Esse livro foi censurado logo de cara já que a autora precisou publicar seu livro de forma anônima pois a escrita não era uma profissão para mulheres. Ultimamente grupos fundamentalistas cristãos tentam proibir o livro por considera-lo obsceno (?????) O livro já tem resenha aqui no Poyo.
Sinopse:
Victor é um cientista que dedica a juventude e a saúde para descobrir como reanimar tecidos mortos e gerar vida artificialmente. O resultado de sua experiência, um monstro que o próprio Frankenstein considera uma aberração, ganha consciência, vontade, desejo, medo. Criador e criatura se enfrentam: são opostos e, de certa forma, iguais. Humanos! Eis a força descomunal de um grande texto.

Fúria, de Stephen King 
Decidi trazer este livro do King dentre vários outros que são proibidos mundo a fora (terror são sempre alvos por conter vários tipos de conteúdo sensível) porque "Fúria" foi proibido pelo próprio autor. Esse livro tem uma história bem interessante, o autor lutou muito para conseguir publica-lo, e depois acabou proibindo após a policia encontra-lo no meio das coisas de um atirador que invadiu uma escola, aliás esse caso o atirador é tão famoso que ganhou filme "Tiros em Columbine". Então King decidiu tirar o livro das gráficas. Esse livro já tem resenha aqui no Blog.
Sinopse:
Fúria (Rage, no original em inglês), foi escrito por Stephen King em 1966, mas somente publicado em 1977, depois de Carrie (1974), sob o pseudônimo de Richard Bachman.O livro conta a história de um aluno que, armado, torna reféns professores e colegas.O livro causou certa polêmica nos Estados Unidos depois que alguns jovens seguiram o exemplo do personagem e transformaram suas escolas num verdadeiro inferno. Eles confessaram haver lido o livro Rage e se inspirado nele para cometer os seus delitos. Stephen King tirou o livro de circulação e, hoje, Rage se tornou um dos livros mais raros do autor de inúmeros bestsellers.
Neste livro King narra a história de Charlie Decker, um estudante secundário de uma pequena cidade chamada Placerville, no Maine. Após ser expulso de seu colégio, armado com uma pistola que pertence ao seu pai, ele volta ao colégio mata sua professora e mantém seus colegas como reféns. Charlie e seus colegas começam a partir daí um jogo perverso onde cada um colocará perante todos suas raivas mais intensas. Raivas contra o sistema educativo, contra as desigualdades sociais, contra a sociedade, contra o inevitável em suas jovens vidas.

Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie
Nossa última dica é um autor que foi condenado de morte pelo Irã por causa de um livro, além de ter várias edições queimadas em público por grupos muçulmanos.
Dois homens caem do céu para a terra, depois que terroristas explodem o avião em que viajavam. Ambos são indianos e atores. Ambos chegam incólumes ao solo da Inglaterra e se metamorfoseiam - um em diabo, outro em anjo. Muitas coisas opõem e associam os acidentados: um é apolíneo, o outro dionisíaco; um é apocalíptico, o outro integrado; um é apegado a sua origem, o outro está decidido a conquistar a nova nacionalidade. Transitando livremente entre o real e o fantástico, entre o bem e o mal, entre a infinidade de opostos complementares e inconciliáveis da vida, este romance alegórico, impregnado de magia, é claramente autobiográfico no conjunto de seus episódios e, principalmente, em sua questão filosófica central: quem sou eu?

Para terminar eu queria dizer algumas palavras:

1- Se o autor escreve um livro com temas polêmicos não quer dizer que ele compactue com aquilo, se existe um personagem extremamente machista, por exemplo, não quer dizer que o autor o seja, ele pode ter criado esse personagem para fazer um crítica por exemplo. Sim, ainda existe gente que confunde o real com o ficcional, e eu já tive o desprazer de topar com um.

2- Leve em consideração a época em que o livro foi escrito, as pessoas normalmente representam a época em que vivem, e se na época eram normais e aceitáveis certos comportamentos que hoje não aceitamos, o autor não tem culpa.

3- Se você não gosta de um tema, assunto, gênero, autor, Não Leia. Mas não proíba os outros de lerem.

E aí, gostaram das dicas? Tem outras dicas bacanas para nós? Fala aí nos cometários.

7 comentários:

  1. Nossa não sabia de alguns dessa lista que foram ou são proibidos em alguns lugares até hoje, adorei saber, ótimo post.

    Beijos.

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  2. Dos livros mencionados por você eu não sabia de suas banições, por outro lado eu sei de Madame Bovary e Lolita. Claro que tivemos censura até para Harry Potter.
    Confesso que se o livro por algum motivo me deixe desconfortável eu não leio, mas tem quem queira ler. Deixe.

    Beijos.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

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  3. Muito interessante essa postagem, alguns desses títulos eu não sabia que já tinham sido censurados em alguma parte do mundo. Essa questão de censura é triste e penso que quem faz isso é um ignorante, como dizem "tudo que é proibido é melhor". Assim eles só chamar mais atenção para os títulos em questão.
    Dessa sua lista eu só li Frankenstein e foi uma das melhores leitura desse ano.
    Amei a postagem. Parabéns!!!

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  4. Olá!
    Gostei bastante da sua postagem. Dos livros "proibidos" que você citou, apenas li A Revolução dos Bichos e achei brilhante a crítica feita pelo autor. Eu sabia também sobre a proibição de Madame Bovary e Frankenstein.

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  5. oieee
    que post interessante, e fiquei bem surpresa, concordo que muitas vezes as pessoas censuram por não entender, ou simplesmente por não gostar, e tem também religião. Esse do King não sabia. Mas é algo muito chato, querendo ou não escrever é algo trabalhoso que merece reconhecimento

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  6. Nossa que interessando, adorei conhecer os livros proibidos. É interessante ver como as pessoas são críticas e tem medo do que os outros falam. Proibir é mais fácil.

    Beijos

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  7. Oi, tudo bem?

    Gostei desse post. Conheco a maioria desses livros, e quero muito ler Frankenstein. Também tenho A Revolução dos Bichos, mas ainda não consegui ler todo. Estou pensando em retomar a leitura este ano e ler os outros que quero.

    Beijos.

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